História
Por volta
de 1840, as terras do município de Mococa, pertenciam a Sesmaria
do espanhol D. Tomás, e faziam parte da comarca de Mogi-Mirim.
Nessa época lavradores de Minas Gerais, atraídos pela
topografia favorável do solo e suas riquezas naturais, começaram
imaginar, formando ali uma nova povoação. Conta a história
que, em 1839, o abastado lavrador Antônio José Gomes
e sua mulher, doaram a São Sebastião 16 alqueires de
terra. Quatro anos depois, o povoado transferiu-se as margens do
Ribeirão do Meio, nas terras de José Gomes de Lima.
Em 1814, erigia-se no local a Capela Curada, com o nome de São Sebastião da Boa Vista. Segundo a tradição, o topônico Mococa apareceu em 1844, quando o capitão – mor Custódio José Dias – que fora até ali para caçar – empregou a frase: “Olhem aí para a mocoquinha”.
MU – significa
pequeno;
CO – que quer dizer esteio;
OCA – casa.
Portanto
referia-se as casas de pequeno esteio do lugar.
No ano de 1846, começou a ser praticada a lavoura do café, que mais tarde tornara-se a principal fonte de riquezas do município. Desmembrado do município Casa Branca, criou-se o município de São Sebastião da Boa Vista, com sede na Vila do mesmo nome, por Lei Provincial n.º. 29, de 24 de Março de 1871. A comarca Mococa foi criada por Lei Estadual n.º. 80 de 25 de Agosto de 1892.
Brasão e Bandeira
O
Brasão de Armas de Mococa foi criado pelo historiador Alfonso
Escragnolle Taunay, descrito em linguagem heráldica e confeccionado
em são Paulo.
• O escudo é redondo
português, cortado em dois quartéis. No primeiro quartel
situam-se, em chefe, cinco escudetos, assim especificados, da esquerda
para a direita.
• A cruz latina de outro em campo azul relembra a figura do povoador Diogo
Garcia da Cruz.
• A folha da figueira em campo de prata, rememorando Gabriel Garcia de Figueiredo, é símbolo
da Família Figueiredo no velho armorial português.
• A capelinha, ao natural, evoca a Capela Primitiva de São Sebastião
da Boa Vista em torno da qual cresceu Mococa.
• As palas de goles em campo de ouro,provem do escudo de Limas no velho armorial
português, relembra a figura de José Cristovam de Lima, pioneiro
do desbravamento das terras mocoquenses.
• A estrela de dez pontas, de ouro em campo azul, atributo do nome Dias, também
do armorial português, rememora o povoador Custódio José Dias.
• No segundo
quartel do escudo, ao natural, reproduz o trabalho do Visconde de
Taunay, datado de 1865, o mais velho documento iconográfico
da história de Mococa. A vista da Fazenda Alegria, que pertenceu
a Diogo Garcia da Cruz ,onde ele se instalou ao chegar nestas paragens.
• Separando
os dois quartéis, aparece o renque de casinhas toscas e primitivas,
segundo regras da heráldica portuguesa. São renques
de mocoquinhas, ou casas de pequeno esteio.
• A faixa
azul em campo de prata, evoca o Ribeirão do Meio, característica
da topografia urbana de Mococa.
• Em cima
do escudo a coroa mural de prata primitiva das municipalidades aparece
esplendorosa. Como suportes, dois ramos de café pintados ao
natural, ladeando o escudo e relembrando a cultura cafeeira, base
da economia do município.
• No listel,
logo abaixo do escudo, inscreve-se em letras de prata a divisa da
cidade: Terra Mea Paulista Generosa, que se traduz: “Terra
minha, Paulista e Generosa”.
Fundadores
Venerando
Ribeiro da Silva, José Pereira dos Santos e Gabriel Garcia
de Figueiredo.
Diogo
Garcia de Figueiredo, José Christovam de Lima e José Gomes
de Lima.